domingo, 18 de janeiro de 2015

Tá tudo bem, não tem problema.

Primeiro post de 2015...


O fascínio do Ale por corrida de carro não é novidade para ninguém, ele ama formula 1, formula E, corrida de endurance , corrida de motovelocidade, de bicicleta, (eu venho aprendendo muito sobre o assunto com ele também) ele adora ver o pai jogar videogame de corrida, agora,  ele escolhe a pista que vão correr, o carro, a cor do carro e o número de voltas da corrida.
Não é fácil direcionar o foco dele para outra atividade, ele até brinca de outras coisas, assiste partes de desenhos, atualmente ele dá risada em muitos, responde as perguntas desses desenhos que buscam interagir ( Dora a aventureira, Time umizumi ...), mas quando envolve sentimentos, especificamente quando um personagem chora, ou está em apuros ele fica muito agitado , nervoso, chora junto e pede para mudar de canal na HORA , logo pede para colocar em um canal de esportes,  ele não entende , ele fica triste junto, angustiado, assustado... Ele sente demais essas emoções, fica claro que ele não consegue lidar,  quando tiro do desenho ele logo diz:" Tá tuuuuudo bem, mamãe, não tem pobema ".(sic)

Eu explico , tento pelo menos ,  que ficará tudo bem, que é um desenho, mas sei que  é muito difícil para ele lidar ...
No videogame também, ele já mexe no controle, para ficar vendo as opções de carros, e conforme muda o carro , ele vai falando em voz alta os nomes,  se ele aperta outro botão e a tela some, ele logo vem para mim e diz: " Tá tudo bem, não tem pobema"(sic)
E eu vou até a televisão, tento adivinhar o que ele fez e tento resolver. Ele quase nunca conta o que aconteceu, ele apenas diz que está tudo bem e que não tem problema, então já sei que quando ele diz isso, algo aconteceu, ou sumiu a tela do videogame, ou ele derrubou alguma coisa, ou ele bateu em algum lugar e por aí vai...

Quando eu descubro o que foi, eu volto para ele e conto o que aconteceu, buscando incentivar a narrativa dele, que ele me relate o ocorrido, quase nunca aconteceu, mas sei que acontecerá, estamos treinando.

Quando ele ainda era não verbal e ele derrubava suco no chão por exemplo, ele ficava muito agitado, ele nunca gostou de fazer algo "errado", ou algo que não era pra se fazer, e eu sempre dizia: " Não tem problema, está tudo bem, vamos com a mamãe buscar um pano para limpar!"
 Daí surgiu essa expressão que ele tanto usa... E hoje , quando ele derruba algo no chão, ele já sabe onde estão os panos, ele diz a frase e vai sozinho buscar o pano para limpar e depois, ele mesmo aplaude sua ação!

Ele quando fala: " Tá tudo bem, não tem problema" se acalma e serve de indicador que ele fez alguma coisa que preciso, algumas vezes, dar uma espiadinha, pois fez algo "errado".
É muito difícil as generalizações linguísticas para ele, como usar, em que situação, as entonações adequadas... Ele aprende uma e a usa sempre, de uma forma não deixa de ser uma generalização, mas mesmo escutando outras expressões que significam a mesma coisa ele não as usa, ele se pega na que conhece e funciona...
Para mim, tá tudo beem, não tem problema!!!!! (risos).






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