quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Se conselho fosse bom...

Deixa eu te contar um segredo?

Não temos vergonha em falar , em informar sobre o Transtorno do Espectro Autista. Na verdade gostamos muito de poder ajudar as pessoas a entender melhor a complexidade do espectro.

Deixa eu te contar outro?

Se as pessoas irão se afastar do Ale, ou da gente por conta do autismo... Essas podem ir. As que ficarão, saberemos que essas o aceitarão do jeitinho que ele é, e será uma relação verdadeira!

Aproveitando, vou falar mais uma coisa, tá?

Negar, esconder, dar outros nomes não fará o autismo sumir... Aqui, na nossa família escolhemos aceitar e encarar de frente. Aqui lutamos e lutaremos contra qualquer tipo de preconceito, de discriminação , aqui amamos as diferenças e aprendemos com elas. Escolhemos nos envolver no processo, colocar a mão na massa mesmo, sabe? 
Criamos nossos filhos na verdade e desejamos que num futuro o Alexandre e a Stella falem sobre o autismo e sobre qualquer outro assunto com muita naturalidade, pois aqui TUDO BEM ser diferente!

Percebeu que é na familia que TUDO começa? Até o preconceito? Que a inclusão de fato se origina da família? Como querer que inclua na sociedade, na escola se em casa não acontece? 
Como você acha que uma criança que vive uma negação se desenvolverá de uma forma saudável? 
Você não precisa de dez palavras ,falar autismo em onze. Mas sempre que for oportuno e preciso, fale, informe , sim! Explique ... Muitas vezes as pessoas só são mal informadas sobre o assunto... As ajude a entender o transtorno, fora que falar te fará muito bem... Acredite! 

Mas se conselho fosse bom, não seria de graça ... 
Enfim... Aqui pensamos assim... Aqui vibramos a diversidade e por isso mesmo respeitamos a sua forma de encarar , respeite a nossa? 





terça-feira, 15 de setembro de 2015

Apoio necessário

Um dia desses li que não importa para onde se está indo, o que importa mesmo é quem está caminhando ao seu lado...

E essa é a grande sacada para mim... Quem realmente  está com você!
Eu penso nisso todos os dias, porque pra mim é isso que importa! Quem está ao seu lado, quem te aceita e te respeita do jeito que é, quem respeita a sua forma de criar seus filhos, quem respeita seus momentos de aperto, momentos de tristeza, momentos de alegria... E se parar pra pensar , as pessoas que ficaram são as que te acompanharão, porque realmente gostam de você.

Muitas vezes me sinto sozinha, as vezes sinto que as pessoas se incomodam quando toco no assunto AUTISMO, as vezes percebo que evitam falar de criança para eu não ter que falar (acho).
Eu não tenho problema algum para falar sobre o autismo do meu filho, pelo contrário, adoro, posso estar informando, desmistificando o assunto. As comparações que são normais nas conversas sobre filhos, e aquelas saudáveis, aí fica difícil para mim, muita coisa esperada para a idade, não vivenciamos , por exemplo: certas brincadeiras, faz de conta, a fase de fazer as perguntas ... Cada criança é uma, CLARO, mas toda mãe gosta de contar sobre sua cria e na maioria das vezes, eu não compartilho dessas vivências.

Busco na internet blogs de mães de crianças no espectro, pois essa é a minha realidade, me sinto mais próxima , esse é o meu universo quando o assunto é o Alexandre.
A sala de espera da fono também é muito terapêutica , é um momento que converso com outras mães, que passam pelo mesmo ou por situações parecidas com as minhas. As vezes nem conversamos, mas estamos ali, juntas, pelo mesmo propósito ... É um lugar, um momento acolhedor que me faz muito bem.

Mas o importante é o acolhimento que tenho das pessoas que ao meu lado estão nessa luta, que me escutam UIVAR diante de situações de preconceito, descriminação, de tristeza, de medo do futuro, medo dele sofrer , que vibram junto com cada conquista, cada vitória e superação dele.

Acho que me sentir sozinha faz parte , pois não tenho no meu círculo de amizade ou na família nenhum outro caso de autismo.
Na escola do Alexandre não tem outra criança autista, tem na sala dele um coleguinha com PC e sempre que posso converso com a mãe dele. Teve uma festinha que fomos e ela , tirando o marido, era a única que entendia a irritação do Ale diante do barulho do buffet  e por diversas vezes conversamos sobre nossos filhos e foi muito bom.
Estamos agora começando uma avaliação com uma T.O. e foi indicação dela, é a mesma que atende seu filho.
Quando terminar o processo de avaliação , farei um post contando TUDO , afinal , nossa equipe está aumentando!

Acredito que nada é por acaso, e as pessoas que foram ficando pelo caminho, ficaram porque assim tinha que ser . Afinal, o que importa para mim não é pra onde e sim com quem está caminhando comigo e as que hoje estão ao meu lado, estando porque me aceitam, porque aceitam meu filho , porque aceitam o autismo, o respeita e entendem que a nossa dinâmica muitas vezes é diferente em função do Alexandre.
Amo vocês... SEMPRE!!!!!!