terça-feira, 21 de janeiro de 2014

rotina

Desde o nascimento do meu menino me importei muito com a questão da rotina. Sempre achei e continuo achando que criança precisa de rotina, pois acalma, organiza. A criança não fica sem saber o que vem depois,não gera ansiedade, ela já sabe e com o Alê foi assim.
Ele sabe que chegará da escola , jantará , tomará banho e CAMA. Todo dia é assim... Antes mesmo de descobrirmos que ele é autista, buscávamos manter sempre uma rotina diária.
O Alê nunca apresentou grandes problemas diante de mudanças eventuais na rotina, mesmo porque, sempre buscamos cumpri-la onde estivermos, mas caso não dê, tudo bem, ele consegue lidar numa boa.
Com ele sempre foi muito fácil , o lidar, ele sempre foi um bebê calminho, dormiu desdo primeiro dia que chegamos da maternidade no berço, ficava na cadeirinha, no carrinho... Sempre muito tranquilo. Aos 3 meses já dormia a noite toda, na época eu estava lendo o livro da "encantadora de bebês" e fiz todos os passos para a hora de dormir , com ele, deu super certo.
E hoje ele dorme na caminha dele, sozinho, numa boa, mas sempre evitamos situações que possam interferir muito no seu sono, pois ele tem um sono muito leve e quando acorda a noite é uma choradeira só.Preferimos deixá-lo acordado até tarde em um lugar , do que fazê-lo dormir para depois pegá-lo no colo e o levar, pois ele SEMPRE acorda e fica muito estressado.
Eu gosto de explicar para ele tudo que vamos fazer no dia, desde muito bebê , percebia que quando explicava ele passava melhor o dia, se mostrava menos assustado e perdido diante de uma situação nova. Quando ele passou a se incomodar com os barulhos, colocar as mãos nos ouvidos,começamos, sempre que possível, evitar levá-lo para lugares cheio de gente, com música muito alta.
E ele sempre nos surpreendendo, em  festas de família, churrascos, ou qualquer outro lugar com muito barulho que o levamos atualmente, ele coloca as mãos nos ouvidos e fica no meio da galera. Ele não foge, ele fica , enfrenta a situação, sempre buscando com o olhar a mim,  ao pai ou a avó, pois somos a segurança dele, tendo um de nós por perto, pra ele esta tudo bem, mas quando ele se irrita e resolve ir embora, não tem como contornar a situação e vamos embora.
Depois do diagnóstico,  de ler e  saber como a rotina é fundamental para um autista, vejo que mesmo sem saber proporcionamos situações que o favoreceram, sempre respeitando seus limites , tudo no tempo dele.
E sendo autista ou não, a rotina é essencial a toda criança, o que difere é saber que por ele ser autista, ter o pensamento muito concreto a rotina desde sempre o ajudou muito e o ajuda . É confortante! É instinto! É cuidado!

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